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No conforto de sua casa

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Poneis Mansos do CATROI

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Reprodução equina

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Durante sete meses a partir de outubro, a maioria das raças eqüinas entram na Estação de Monta. Este é um dos períodos em que médicos-veterinários redobram os cuidados com animais. A raça Puro Sangue Inglês é a única que foge deste período. A Estação de Monta do Puro Sangue vai de 15 de agosto a 15 de fevereiro e o registro dos potros é feito em primeiro de julho. As demais raças, no entanto, utilizam a primavera e o verão como o período para o acasalamento.
O método de cobertura ainda é o mais tradicional em quase todas as raças.

Para garantir qualidade durante a Estação de Monta, recomenda-se a Monta Controlada, embora se use muito, no caso do cavalo crioulo, a monta de campo, onde os animais ficam soltos. A Monta Controlada é feita em bretes, através do controle folicular.
A égua que estiver ovulando é recolhida com o garanhão. Além de poupar os animais, evita-se qualquer tipo de lesão.

Inseminação

A inseminação artificial, embora não seja uma regra entre a maioria das raças, tem se mostrado eficiente, conforme afirma o médico veterinário Fábio Prates. Enquanto um cavalo Crioulo pelo método convencional pode cobrir até 100 éguas na temporada, através da inseminação artificial este número pode dobrar para 200 éguas. “Isto representa economia em todos os aspectos”, reforça Prates. A inseminação pode ser feita a fresco ou congelada. Quando o processo é a fresco, o sêmen é coletado do garanhão através de uma vagina artificial com temperatura adequada. Cada ejaculação pode fecundar 5 fêmeas. Já a inseminação com sêmen congelado não precisa ser feita imediatamente após a coleta do material, pois existem técnicas especiais para manter o material em perfeito estado de qualidade pelo tempo que for necessário.
A inseminação, além de economizar garanhões, evita doenças sexualmente transmissíveis, aumenta o número de coberturas e é extremamente higiênico.

Transferência

A transferência de embrião é utilizada em caso de éguas que participam de competições e não podem perder tempo com a prenhez. Para manter a qualidade do plantel, depois de coberta pelo garanhão escolhido, o embrião é retirado, com 6 ou 7 dias, e introduzido em outra égua para a gestação. É a chamada mãe de aluguel. Uma égua valorizada para competições pode dar de 4 a 6 crias por ano, sem interromper sua atividade. A técnica de retirada do embrião de 6 a 7 dias tem garantido 85% de prenhez nas mães de aluguel.


Reportagem e pesquisa: Ana Lúcia S.Teixeira
Fonte: Horseonline

Colicas em cavalos …

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Dr. Carlos Rosa Santos

Todos
os cavalos podem ser afectados por cólicas pois a estrutura e o modo de
funcionamento do intestino são factores que contribuem para o
aparecimento destas. Por outro lado, um cavalo saudável, bem
alimentado, desparasitado e cujo maneio diário seja bom é certamente um
cavalo com menos probabilidades de sofrer cólicas intestinais.

Cólica o Inimigo ComumNo
entanto, não é possível evitar completamente o problema, embora algumas
medidas preventivas possam ser implementadas a fim de diminuir os
riscos. Vamos abordar quatro, começando pela ALIMENTAÇÃO.

Mudanças
bruscas de alimentação são uma causa conhecida de cólicas e embora
alguns cavalos possam tolerar estas mudanças, não se deve assumir que
isto aconteça com todos. De facto, quando se processam alterações ao
regime alimentar, mesmo que não se chegue ao extremo de aparecer uma
cólica há sempre alterações ao nível da flora intestinal que é onde
assenta todo o processo digestivo. Isto acontece com o aparecimento da
erva nova da Primavera, nas mudanças em qualidade e quantidade do feno,
na qualidade e tipo de concentrados fornecidos ao animal.

Mudanças
alimentares devem ser sempre planeadas de modo a que sejam graduais e
efectuadas num período de 3 a 4 dias. Deste modo, as bactérias
intestinais responsáveis pela digestão dos alimentos conseguem
adaptar-se mais facilmente à nova ração.

Cólica o Inimigo ComumÁGUA
– Animais cansados, muito quentes ou simplesmente privados de água por
longos períodos podem ser sujeitos a cólicas se beberem subitamente
grandes quantidades de água (mesmo que esta não esteja muito fria).
Deve-se deixar o cavalo arrefecer depois do trabalho e só depois
permitir o acesso livre à água. Uma solução electrolítica misturada na
água faz com que a sede diminua e evita o consumo excessivo de água.

É pois importante que depois do exercício a primeira bebida seja de volume limitado e sem extremos de temperatura.

CUIDADOS
DENTÁRIOS – Dentes em más condições são uma causa conhecida de cólicas
ou diarreias. A mastigação eficaz é uma das fases mais importantes da
digestão, talvez a mais importante pois é a preparação dos alimentos
para sofrerem processos digestivos mais sofisticados.

Os
dentes dos cavalos até aos 12 anos de idade devem ser verificados por
um médico veterinário pelo menos uma vez por ano. A partir desta idade,
check-ups” frequentes são normalmente necessários. Aconselha-se os
proprietários de animais com episódios regulares de cólica e/ou
diarreia sem causes identificáveis, a solicitarem a verificação da mesa
dentária dos mesmos.

Cólica o Inimigo ComumPARASITAS INTERNOS
– Mesmo pequenas infestações parasitárias pequenas podem ocasionar
sérios casos de cólica. Cavalos com infestações severas não são um
risco só para eles próprios mas também para outros que com eles
coabitam.

Os Ascarídeos em poldros raramente provocam cólicas, porém são causa de crescimento retardado, pelagem sem brilho e diarreia.

Os
Estrongilos são sempre causa de alterações circulatórias na parede
intestinal e podem causar desde cólicas ligeiras a outras mais graves.
Os pequenos estrongilos podem causar lesões na parede intestinal mas
são raramente causa de cólicas.

Em estudos recentes foi também provado que as ténias são a causa de um tipo muito peculiar de cólica.

Não
queremos deixar de referir a importância de se implementarem programas
de desparasitação que incluam todos os cavalos de uma propriedade ou de
um grupo de cavalos estabulados.

Não se devem só desparasitar determinados animais num grupo pois os que não o forem passam a constituir um risco para os outros.

fonte – equisport-pt

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O povo brasileiro que está acostumada a ver Rodrigo Pessoa
defendendo o Brasil nas principais competições internacionais pelo mundo a fora agora vai
ver o ginete em nova função nos JEM Kentucky 2010 nos Estados Unidos. Além de diputar como cavaleiro, o campeão olímpico será o técnico da equipe de saltos da CBH , que distribuirá vagas para a disputa por equipes da
Olimpíada de Londres/2012. E promete não dar mole para nenhum de seus companheiros, colocando em açao um trabalho fundamentado em “humildade
e disciplina”.

“Será a primeira vez que serei técnico de forma oficial, mas já faz
algum tempo que ajudava os meninos (cavaleiros mais jovens) nas
competições”, conta Rodrigo. “A diferença é que agora terei mais
responsabilidades no treinamento, maior contato com a Confederação
Brasileira de Hipismo (CBH), além de estabelecer o programa e o mapa de
conduta no trabalho para os próximos dois anos.”

Rodrigo diz que seus métodos não serão diferentes dos
empregados por seu pai, neco, que foi técnico da equipe
brasileira por muito tempo. “Acho que a diferença estará no fato de que
estou a trabalhar com mais disciplina. Fazer os cavaleiros
entenderem em que ponto eles estão (em relação aos adversários e
resultados), de uma maneira mais realista”, diz o novo treinador do
Brasil. “Nos falta um pouco de humildade e disciplina. Quando falo em
humildade, quero dizer que muitos cavaleiros acham ter condições de lutar por uma vaga (na equipe brasileira) quando, no papel, seus
resultados mostram o inverso. Essa situação já criou um certo tumulto em outras
ocasiões no brasil.”

INCENTIVO À CRIAÇÃO

O novo treinador, no entanto, ressalta que, na maioria das vezes, o
problema não está na qualidade dos cavaleiros. “Temos excelentes ginetes no Brasil. O problema e nos cavalos. Há muito
tempo que digo que é preciso investir mais na criação nacional. Já
melhoramos nos últimos anos, mas precisamos investir em boas éguas,
porque sêmen (de cavalos campeões) a gente já consegue facilmente”, explica Rodrigo.

“Dificilmente teremos o mesmo número de bons cavalos que tem uma
França, uma Bélgica, uma Holanda, países de muita tradição no hipismo,
mas é preciso investir, acreditar, pensando em animais para mundiais ou
que se classifiquem para olimpíadas.”

Como técnico, Rodrigo quer abrir as portas da equipe brasileira
a quem quiser trabalhar com disciplina e afirma que a dedicação dos
aspirantes será recompensada de forma justa. “Não vai ter favoritismo,
nem política. O esforço será o mais importante”, garante ele, que
promete definir na segunda ou terça-feira a equipe de saltos que
disputará os Jogos Equestres Mundiais.

Agora so nos resta torcer por mais uma equipe Brasileira , e que sejam convocados os melhores na atualidade e nao no passado.

Percebendo sinais de Boa Saúde

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Primeiramente e importante que tenha o habito de estar sempre atento nas atitudes de seu cavalo que e um ótimo indicativo de sua saúde, e podem servir para que possamos informar o nosso veterinário de possíveis alterações de comportamento.

O PÊLO e um otimo indicador ,ele deve estar sempre brilhante e uniforme a pele macia e maleavel , sem deformidades . Assim que puxarmos e dobrar -mos a pele ela devera se esticar novamente assim que a soltarmos .

Os pelos suados e transpirando nas coxas e entre elas , não são sinal de boa saúde.

O APETITE
é outro  indicativo de saúde. Se sabemos o quanto ele come e o tempo que ele leva para comer toda sua raçao , ou mesmo seu capim, feno,ou pastagem caso ele não queira se alimentar de forma normal, significa que alguma coisa não esta bem com ele

OS OLHOS devem ser bem abertos e bem vivos , húmidos e atentos.  Olhos enevoados ou muito inchados ou semi-fechados mortiços nao indicam uma boa saúde .

A DESCARGA NASAL
– E comum os cavalos terem um corrimento normal nas narinas, pricipalmente apos os periodos de trabalho mais intenso  mais se for
excessiva, espessa, branca ou amarela já não é normal e e preciso examinar de forma mais detalhada.

FEZES
–  Os cavalos defecam, habitualmente entre oito a
12 vezes por dia. As fezes devem ser firmes e húmidas, quebrando-se
quando tocam ao solo. Verifique se há modificações, principalmente se tem
diarreia ou se pelo contrário, as fezes estão muito secas podendo haver ate uma síndrome de cólica por impactação.

MICCÇÃO
–O cavalo deve urinar de forma tranquila em uma cor amarela e amarela escura , se tiver apresentando dificuldade em urinar ou caso ela esteja muito escura provavelmente seu cavalo esta doente . Atenção também na quantidade de agua que ele toma . Um cavalo normal ingere entre 15 a 65 litros de agua por dia ,variando de acordo com as condições do clima ou com a intensidade com que ele trabalha .

MEMBROS
– frequentemente e importante que passe as maos por todas as pernas e cascos dos cavalos ,as pernas nao devem ter inchaços os cascos devem estar firmes e sem mau cheiro. As ferraduras devem se desgastar de forma igualada .

MOVIMENTO
– O cavalo deve distribuir o seu peso por igual nos quatro membros
quando se move e as passadas devem ter uma distância uniforme. A
desigualdade nota-se com mais clareza  quando o cavalo anda no trote.

COMPORTAMENTO
– Se conhecer bem e observar bem seu animal facilmente indentificara pelo seu comportamento se ele esta com dor ou se esta doente

Sinais de marasmo ou mesmo de uma agitaçao anormal pode representar algum desconforto que ele esta sentindo

RESPIRAÇÃO E PULSO
– Um cavalo em descanso respira 8 a 12 vezes por minuto, e o coração
bate cerca de 30 a 40 vezes por minuto – se ele for calmo e estiver em melhoreas condicoes fisicas seu batimento e respiraçao tem tendencia a ser mais lento .

Respiração
acelerada – acima de cerca de 20 vezes por minuto – normalmente é um
sintoma de problemas assim como e se ele tiver um aumento de pulso . Os cavalos
saudáveis não tossem mais que uma ou duas vezes seguidas, ou tossem
quando começam a trabalhar.

MEMBRANAS MUCOSAS
– As gengivas e mucosas devem ser rosadas e nao amarelas ou avermelhadas escuras . Ao fazer pressao sobre a mucosa devera ficar branca , e apos soltar mais 2 segundos para voltar a cor normal , este teste e conhecido como refluxo capilar

TEMPERATURA
A temperatura normal do cavalo é de 38ºC. Temperaturas abaixo do
normal, geralmente, não têm significado de doença a não ser que o cavalo
apresente outros sinais . Se a temperatura for 40° ou
mais, o cavalo está com febre e doente.

Mais sobre cavalos acessem Cavalodesporte

Doda com AD Norson fica em 3º lugar no GP de Madrid. A Prova também contou com a torcida do ídolo e jogador de futebol Kaká

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Doda e AD Norson brilham no GP de Madrid

Doda Miranda classificou-se em terceiro lugar no CSI 5*
de Madrid neste último domingo. Montando AD Norson, o brasileiro medalhista olimpico foi o
mais rápido do Grande Prêmio com obstáculos a 1,55m, mas com uma unica falta. O conjunto fez 49s85, com quatro pontos perdidos
no primeiro percurso, zero faltas na segunda, totalizando quatro pontos
perdidos e ainda o melhor tempo da prova, garantindo a terceira posicao no
GP El Corte Inglês, na capital espanhola Madri. Os cavaleiros Kevin
Staut e Michel Robert saltaram para dobradinha francesa nas duas primeiras
colocações do GP.

O evento ainda contou com a presenca de kaka jogador do Real Madri e da selecao Brasileira de futebol, que foi torcer para seu amigo e compatriota Doda .

O GP contou com a participação de 39 inscritos e nenhum duplo zero nos difíceis percursos armados pelo
espanhol Santiago Varela. Na primeira passagem apenas Kevin Statut e
Michel Robert fizeram pista limpa sem penalidades. Dos 10 conjuntos que se classificaram para
segunda volta, apenas cinco zeraram o segundo percurso entre eles Doda Miranda,
mas todos carregavam os quatro pontos da primeira volta. Kevin Staut
montando Castronom de Hus com apenas um ponto de excesso de tempo no
segundo percurso garantiu a vitória. Michel Robert sob a sela
de Kellemoi de Pepita cometeu dois pontos de excesso de tempoicou com a segunda posição.

Bernardo Alves e Pedro Veniss, respectivamente com Vancouver
d`Auvray e Amaryllis, terminaram na 26ª posição, 8 pp, e 30ª, 16 pp. Sendo esta as classificações de todos brasileiros do Evento da Capital Madri.

Resultado do CSI5* de Madrid
1º) Kevin Staut / Castronom de Hus (FRA) – 0 /1 – 61s62
2º) Michel Robert / Kellemoi de Pepita (FRA) – 0 / 2 – 63s06
3º)Alvaro Miranda / AD Norson (BRA) – 4 / 0 – 49s85

Ultimo Percurso de OKI DOKI

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Oki Doki como todos se lembram foi um dos maiores cavalos de hipismo da atualidade.

Seu sucesso com Albert Zoer foi imensuravel, chegando a campeão do mundo por equipe, também ganhou o bronze individual no último Campeonato Europeu que foi campeao por equipes em 2007

Oki Doki foi vendido ao cavaleiro argentino Jose Larocca dizem que por EU$ 5,000,000,00 com quem teve uma lesão no tendão em etapa do GTC emCannes.

Não muitos dias depois tivemos a triste notícia de sua morte causada por uma colica alkiada a uma infecçao no abdomem .

Neste video temos a última pista de Oki Doki e sua lesão em Canes GTC Tour.

É triste, realmente..

JEM 2010: Escolhida a Seleção Francesa de Saltos

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JEM 2010: Escolhida a Selecção Francesa de Saltos de Obstáculos

Kevin Staut / Kraque Boom

A
Federação Francesa decidiu a equipe para os Jogos Equestres
Mundiais do Kentucky, a partir de 25 de Setembro.

Kevin Staut : Kraque Boom /
Pénélope Leprevost : Mylord Carthago
Olivier Guillon : Lord de Theize
Patrice Delaveau : Katchina Mail
Marie Pellegrin Etter : Admirable

“Kraque Boom”, campeão da Europa, que disputou um CSI em Madri este final de semana sofreu uma pequena lesao muscular , devera estar curado em uma semana .

Kraque Boom continua sendo a primeira opçao de Kevin Staut, para os Jogos equestres mundiais 2010.

fonte equisport PT

A sua majestade, o cavalo

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Animais de salto têm regalias de fazer inveja até à realeza. Por isso custam tanto para seus donos

Por Márcia Pereira

Vídeo: conheça a rotina dos cavalos de salto, a realeza do hipismo

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Acordar, tomar um belo café da manhã, escovar-se, fazer as unhas, ficar pronta para o trabalho. Depois do almoço, mais uma rodada de obrigações. No fim do dia, relaxar sob os efeitos de uma massagem. Por fim, jantar e dormir o sono dos justos. Olívia faz isso diariamente.

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Vida boa: Cavalo passeia pelo Clube Hípico de Santo Amaro (SP):
atividade consta do treinamento diário

Nada de mais, se Olívia não fosse uma égua da raça alemã holsteiner. Ela e os cavalos hospedados nas 436 baias do Clube Hípico Santo Amaro, em São Paulo, são tratados a pão de ló. Esses animais fazem parte da realeza de uma tradicional modalidade do hipismo, o salto, e cumprem uma agenda digna de príncipes, além de terem um grupo de funcionários ao seu dispor.
Manter esses nobres equinos –  e os melhores estarão participando do Athina Onassis International Horse Show, de 26 a 29 de agosto – na estica e dentro da performance esperada custa, em média por mês, R$ 2,5 mil por cavalo, entre taxa de estalagem, alimentação, treinador e apetrechos para o dia a dia.
Fora o investimento inicial de R$ 78 mil, que inclui cavalo jovem, até 4 anos (custo de R$ 10 mil a R$ 40 mil), o título de um clube hípico (que varia entre R$ 30 mil e R$ 90 mil) e os paramentos para treino e provas do cavalo e do cavaleiro (leia quadro).
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Animais de salto têm regalias de fazer inveja até à realeza. Por isso custam tanto para seus donos
No caso de o futuro cavaleiro não querer investir em um título de clube, existe a opção do manège, um centro de treinamento com hospedagem. O custo médio mensal nesses lugares é 20% mais caro que nos clubes hípicos.
Tratados como filhos pródigos por seus donos, que neles investem seu rico dinheiro e expectativas, os cavalos usados nas competições de alto nível recebem cuidados diários e mantêm uma rotina regrada, com hora para tudo: até para acordar, passear e dormir.
“Eles ‘acordam’ com a chegada dos tratadores na baia, por volta das 6h30, e vão dormir perto das 18h”, conta Karina Smith, proprietária de uma loja de artigos de selaria, diretora técnica de salto do Clube Hípico de Santo Amaro e da Federação Paulista de Hipismo e dona de três cavalos: os machos Fly With Me, puro-sangue inglês, e Oiti, BH (brasileiro de hipismo), e a égua holsteiner Olívia.
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Depois que o tratador chega, ele retira a serragem suja da noite e coloca uma nova e limpinha. Os cavalos tomam o café da manhã (ração) e são preparados para o primeiro trabalho do dia: treinar com o seu cavaleiro na pista de obstáculos.  O dia segue recheado de atividades e mordomias, que incluem passeios, treino no piquete, no andador, na esteira (como a das academias), massagem, acupuntura e fisioterapia. Entre os custos mensais mais altos estão a taxa de estalagem (inclui o tratador), que varia de R$ 800 a R$ 1.000, e do treinador, que custa entre R$ 500 e R$ 1.000.
Muitas vezes, o treinador faz o trabalho do cavaleiro, de movimentar o cavalo diariamente – o animal não pode ficar parado e, se seu dono não pode ir à hípica, alguém tem que realizar o treino. Em torno de R$ 400 é o que será gasto mensalmente na alimentação. Aliás, a dieta deles é um capítulo à parte. Composta de ração, alfafa, feno e coast cros (um capim específico para a alimentação de cavalos de alta performance), inclui também o famoso torrão de açúcar.
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Alta performance: Saltar sobre obstáculos duas vezes ao dia, treinar no piquete e correr na esteira fazem parte da rotina de um cavalo de salto
Sim, aquela imagem romântica, tão propagada pelos filmes, da preferência dos cavalos por torrões é verdadeira. “Eles adoram, bem como cenoura, maçã e até rapadura. O torrão é o chocolate deles”, explica Karina. Claro que realizar essa vontade – e é difícil resistir ao pedido deles – traz consequências para o bolso do dono. Uma embalagem de torrões de açúcar, de 1 kg, custa R$ 20, mas gasta-se na consulta do veterinário para fazer a retirada do tártaro em média R$ 350, informa a veterinária Priscila Azevedo.
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Além do dentista, existem outros cuidados médicos a serem contabilizados por quem pretende entrar no mundo das cocheiras estreladas. Uma das principais preocupações que se tem com a saúde do cavalo é relacionada à cólica estomacal. Se uma pessoa pode perder uma boa noite de sono por causa desse incômodo, em uma égua ou cavalo a situação é bem mais complicada.
Na verdade, o episódio é o maior terror para eles e para seus donos, pois pode levar à morte – os cavalos não conseguem colocar pra fora o que lhes incomoda e o intestino pode se contorcer de uma maneira irreversível. Por isso, garantir o monitoramento das baias, com câmeras ou a ronda de um segurança treinado para identificar os sintomas – inquietação, bater com a pata no chão ou ficar toda hora olhando para a barriga, entre outros sinais –, é essencial.
“Um atendimento de emergência para tratar cólica custa cerca de R$ 800. E, em média, R$ 5 mil uma cirurgia para a correção do mesmo problema”, revela Priscila. Também, assim como as mulheres, as éguas têm TPM. “No caso das éguas mais arredias, é preciso medicar. Elas tomam anticoncepcionais”, diz Karina.
Além desses gastos, ainda há toda a parafernália da “beauté equina”: o xampu (R$ 25, o litro), o repelente (R$ 20, 500 ml), o desodorante (R$ 25, 500 ml – na verdade é um produto que limpa o efeito do suor do cavalo), escova (R$ 25), raspadeira  (R$ 30 – para a sujeira mais profunda do pelo) e a pedicure (cortar e lixar o casco e ferrar o cavalo, que tem custo mensal de cerca de R$ 200). Quem pensou que a vida de cavalo é fácil? Quer dizer, a dele até que é. Já a do dono…